Em meio ao maior desastre de erosão costeira do Brasil, as moradoras de
Atafona vivem também um contante processo de transformação. “Mulheres de
Areia, Memórias de Atafona” é o nome do projeto de Pesquisa & Preservação
de Memória aprovado na Lei Paulo Gustavo RJ de 2023, que visa mapear este
fenômeno.
Através de entrevistas com moradoras da região, a pergunta que norteia o
projeto é “Qual é a relação de afeto com o território?”. Entende-se por afeto a
capacidade da pessoa afetar, agir e influenciar o ambiente em que vive. Assim
como ser afetada e reagir diante dos sentimentos que ele causa nela.
Idealizado pela jornalista niteroiense Ana Luiza Cassalta e pelo fotógrafo
carioca Flavio Veloso, o projeto elegeu oito mulheres para representar a
comunidade feminina da região e pode ser acompanhado pelo Instagram
@memoriasdeatafona
São elas:
– Carmélia Barreto, autora do livro “A Ilha da Convivência e seu povoado”
– Camila Hissa, empresária cuja família já perdeu 4 restaurantes para o
processo erosivo. Estão com a quinta unidade do restaurante em pleno
funcionamento.
– Fernanda Pires, líder da Cooperativa Arte Peixe e Presidente do Conselho
das Mulheres
– Izabel Gregório, Agente Literária da Editora Gregório, Escritora, Ambientalista
e Professora
– Joice Pedra, Bióloga, Engenheira Ambiental e Política em São João da Barra
– Lúcia de Jesus, artesã, dona de casa e integrante da Cooperativa Arte Peixe
– Odinéia Pereira, empresária que já teve Posto de Gasolina e Frigorífico
engolidos pelo mar. Assim como casas dela e de seus familiares.
Reconstruíram tudo
– Sônia Ferreira, moradora que resistiu por décadas em sua casa até a erosão
chegar ao imóvel. Atuante na área cultural, social e religiosa do distrito.
As entrevistas, fotografias e vídeos do processo de pesquisa serão publicados
em site próprio do projeto, a ser divulgado pelo Instagram
@memoriasdeatafona.
Fotos Flavio Veloso