(Dueto com Áurea Martins, homenagem à Copacabana, e arranjos de Leandro Braga e Lui Coimbra)
“CANÇÕES URBANAS“, quarto álbum da carreira do cantor e compositor Mauro Marcondes, depois de 03 cds e 10 singles lançados nas plataformas digitais, traz as participações especiais dos cantores Áurea Martins (na faixa “Era uma vez um anjo“) e, nos vocais, de Clarisse Grova, Jussara Lourenço, Telma Tavares, Ari Bispo, Marcos Sacramento e Paulo César Feital (além de intervenções, em contrapontos, na faixa “Copacabana, Terra de Ninguém”, de Marcela Velon, Telma Tavares, Marcos Sacramento e Zéjorge). O novo álbum, depois do lançamento nas redes sociais e plataformas sociais, chega, agora em formato de “disco físico” (CD), que poderá ser adquirido por intermédio do e-mail: mauro.marcondes@duasluas.com.
Gravado, mixado e masterizado por João Ferraz, no Lontra Music, entre novembro de 2022 e março de 2023, o álbum tem projeto gráfico de Fernando Leite e fotos de Felipe Camara e Mariza Lima. “Canções Urbanas” tem produção executiva de Mauro Marcondes, produção e direção musical de Leandro Braga, arranjos de Leandro e Lui Coimbra, além da participação dos músicos: Hudson Santos (violão/ guitarra), Pedro Aune (baixos acústico e elétrico), André Siqueira e Jovi Joviniano (percussão), Leandro Braga (piano), do Quarteto de Cordas formado por Willian Doyle (1º violino), Stephanie Doyle (2ºviolino), Denis Rangel (viola) e Nayara Tamarozi (violoncelo), Luis Barcelos (bandolim e cavaquinho), Andrea Ernest Dias e Naomi Kumamoto (flautas), Rui Alvim (clarinete), Jeferson Souza (fagote), Aquiles Moraes (trompete), Everson Moraes (bombardino), Lui Coimbra (violão e violoncelo), e Bernardo Marcondes (violão gravado por Matthew Ramemam, no estúdio The Green Room, Rochester, NY, USA).
– Este álbum é fruto de uma obra coletiva, e tenho muito a agradecer pela dedicação de profissionais talentosos como a grande cantora Áurea Martins que me presenteou com uma participação maravilhosa em “Era uma vez um anjo”; também grato aos parceiros cujas letras emocionam e dão vida às minhas composições: Márcia Toledo, Patrícia Secco, Solange Böeke, Paulo César Feital e ao mais constante, nos últimos anos, Zéjorge. Aos músicos e cantores que também me prestigiaram com sua arte e, claro, ao Lui Coimbra e Leandro Braga, diz Mauro.
O álbum, que está em formatos digital e CD “físico”, teve a ajuda de um grupo de amigos ligados à música e à arte, escolhidos por Mauro, para votarem nas músicas de sua predileção. A vasta e qualitativa obra do “cantautor” demandou um intenso trabalho para criar a identidade do álbum e a escolha de seu repertório. Numa primeira etapa se organizou um “balaio musical” mais enxuto para, posteriormente, culminar na votação democrática que resultou nesse roteiro definitivo de “Canções Urbanas”.
FAIXA-A-FAIXA (“CANÇÕES URBANAS”, SEGUNDO AUTORES)
1 – “Copacabana, Terra de Ninguém” (Mauro Marcondes / Zéjorge)
– Uma crônica amorosa e sarcástica, realismo de fotos de um passado de fama no pós-guerra até as contradições atuais de beleza, violência e descaso. Melodia, letra e rítmo saúdam e lamentam seus moradores, seus sem-teto, seus infratores, sua boemia…Saudosista e eufórica, liberada e intolerante, preconceituosa, múltipla, transcultural, terra de todos! (Zéjorge)
A música também rende homenagens aos 130 anos recentemente completados pela “Princesinha do Mar”. Além disso, foi por aquelas bandas que Mauro Marcondes passou boa parte da infância e adolescência.
Participações especiais: Marcela Velon, Telma Tavares, Marcos Sacramento e Zéjorge (no contraponto ao final)
2 – “Azul para Amar” (Mauro Marcondes / Patrícia Secco)
– Depois do samba-reggae com pitadas de rap de “Copacabana”, nada melhor do que uma bossa-nova, delicada e cadenciada, tendo o amor como tema central.
3 – “Via Láctea” (Mauro Marcondes / Zéjorge)
– Num clima de beleza e estranhamento, descreve uma cena apocalíptica a partir de imagens do mundo rural e da natureza violentada. A interpretação é visceral, vai da angústia de fins dos tempos ao entusiasmo pela reconstrução de um mundo novo. A salvação está na música! (Zéjorge).
4 – “Era uma vez um anjo” (Mauro Marcondes / Zéjorge – Part. Especial – Áurea Martins)
– “Nesta rua tem um bosque que se chama solidão”…foi essa cantiga de roda que inspirou a canção iluminada, de linha melódica cheia de nuances emotivas. A letra narra o destino de um anjo que, ao fugir do bosque se humaniza e, se humanizando, é “executado”; palavra que traz a canção para os dias de hoje. Vozes harmonizadas de Áurea e Mauro, instrumentos delicados do maestro e músicos dão um tom de fantasia infantil tão presente em nossas vidas (Zéjorge).
5 – “Deixa a Lira Passar” (Mauro Marcondes / Zéjorge)
– Homenagem às nossas festas, uma descrição inocente de suas diversas manifestações, um pouco de sua história e origens, interpretação suave de uma voz com seu coro virtuoso, celebrando nossas folias com amor e graça, e no ritmo, fusão de afro e marchinhas de carnaval. (Zéjorge). Participações especiais de Clarisse Grova, Jussara Lourenço, Telma Tavares, Ari Bispo, Marcos Sacramento e Paulo César Feital.
6 – Grão de Ouro (Mauro Marcondes / Zéjorge)
– É brincadeira, é aventura, é maravilha, é movimento! A letra brinca com ditos populares inventados (e dois adaptados) ironizando o senso comum com humor e inversões de sentido sem perder o entusiasmo e a gratidão. A melodia passeia, de forma lúdica e leve, por um arranjo que mistura toada e rítmos da época quando a comédia muda manifestava sua crença na solidariedade apesar das duas grandes guerras. (Zéjorge)
7 – Artimanhas (Mauro Marcondes / Zéjorge)
– Na mesma linha lúdica de Grão de Ouro, num ritmo dançante, usando figuras de lendas brasileiras, cenários espaciais, rompendo a lógica do senso comum; na segunda parte faz advertências sobre o comportamento perigoso de arrogância e simulação, ainda numa expressão de brincadeira e jogo: cuidado com quem tira sempre o seu da reta! (Zéjorge)
8 – Ninguém Sabe (Mauro Marcondes / Zéjorge)
– Sim, o amor, sempre presente, qualquer que seja o gênero musical ou o estilo…aparece, envolve e segue em frente, da tristeza da separação nasce a esperança de um novo encontro, como explicar esse rítmo inconstante? “Ninguém sabe” fala dessa incerteza que é nosso aprendizado, na delicadeza da melodia e do arranjo, nas poucas palavras que fazem da dúvida um caminho traçado. (Zéjorge)
9 – “Desperta” (Leandro Braga / Mauro Marcondes / Zéjorge)
– O que dizer dessa sublime canção dos parceiros Leandro Braga e Mauro Marcondes? A letra é um chamado, um pedido de libertação para que o sentimento de falta e ausência se torne confiante no recíproco e verdadeiro amor. O verso “limite não é privação” assinala no desejo sua busca de amadurecimento. E só. (Zéjorge)
10 – “Segredo” (Mauro Marcondes / Márcia Toledo)
– A música, com suas melodia e harmonia não lineares, envolve a poesia que mexe com os sentimentos e escolhas mais escondidas da gente. A dura realidade e a verdade de uma relação são superadas pelo amor que ainda sente e que, no fundo, dá sentido à vida da pessoa. No engano te amo e sou amada! (Mauro Marcondes)
11 – “Minha Loucura” (Mauro Marcondes / Zéjorge)
– Existem muitas concepções de “loucura”; pode ser motivo de exclusão, de punição ou objeto de admiração (afinal, de louco todo mundo tem um pouco). Na música, o foco é a paixão, a criação, o mistério da existência, tudo isso desafiando a suposta razão humana, num estado de incerteza e deslumbramento, perda e reencontro consigo mesmo. Intérprete, arranjador, letra e músicos fazem essa viagem sem nenhum dano, celebrando a vida! (Zéjorge)
12 – “Quase Sempre” (Mauro Marcondes / Zéjorge)
– O eterno conflito entre a razão e a emoção, a entrega livre e o medo de se envolver. Em “Quase Sempre”, a voz feminina fala pelo coração diante do masculino que se esquiva do afeto, mas poderia ser o contrário, com certeza! O rítmo ardente de um bolero passional expõe a confiança que a amante tem no amor latente do amado e na sua compreensão do feminino que tanto apavora a visão masculina do mundo, quando ainda não superou sua tradição patriarcal. (Zéjorge)
13 – “Só Felicidade” (Mauro Marcondes / Zéjorge)
– Resgata a tradição bossanovista tão apreciada por meu parceiro Mauro e fala dos momentos gratificantes quando ser feliz é também conversar com a linha do tempo da história do nosso cancioneiro popular, de Noel a Jobim, buscando traços de união mas como homenagem e agradecimento. A felicidade é uma companheira amorosa, que mostra sua face generosa quando é vivida intensamente e, ao mesmo tempo, compartilhada com a arte, a música, e suas afinidades. (Zéjorge)
14 – “Palavra de Bamba” (Mauro Marcondes / Zéjorge)
– O recado do sambista experiente para o menino, futuro sambista, um elogio e uma defesa do samba enquanto gênero que soma sentimento, crônica social e religiosidade. O espírito coletivo do mundo do samba supera a arrogância e o individualismo…leve, sereno, o instrumental tem seu momento de destaque…que viva o samba! (Zéjorge)
15 – “Ave Canora” (Mauro Marcondes / Paulo César Feital / Solange Böeke)
– Samba que ganhou uma vestimenta exuberante com o arranjo de Leandro Braga, fala do momento da partida para o exterior do artista que busca o distanciamento para olhar para seu país e fazer uma reflexão sobre as dificuldades de se fazer e viver de arte no Brasil. A música culmina em clima de alegria e festa com o retorno do cantor, que volta (feliz) para cantar como um sabiá. (Mauro Marcondes)
Todos os arranjos, com exceção para as músicas “Ninguém sabe” e “Quase sempre” feitos por Lui Coimbra, são do maestro Leandro Braga.