A ORIGEM DO NOME DO RIO DA PRATA
Desde a fundação da freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande, em 1673, cujos limites iam dos arredores de Realengo até a Fazenda de Santa Cruz, esta região se destacou por uma intensa atividade econômica, baseada principalmente nos muitos engenhos e fazendas que por lá se espalharam. Embora poucas construções na época tenham ficado de pé, estes estabelecimentos e toda a atividade cultural e social que os cercavam permanecem vivos nos nomes de bairros, rios, estradas e logradouros.
Entre esses nomes, está a serra do Rio da Prata, de onde se pode chegar ao Pico da Pedra Branca, ponto mais alto da cidade, com seus 1.024 metros. O nome da localidade, para os mais antigos, tem a ver com o estado cristalino das águas de suas muitas nascentes, mas para Eduardo Hugo Frota, em artigo publicado na revista nº 3 do Instituto Campograndense de Cultura, pode haver outra versão: “é possível, ainda, que o epíteto Rio da Prata advenha de alguma mineração frustrada. À época, as lendas das minas de prata aguçavam a cobiça do colonizador.” Mas a julgar pela qualidade que Monsenhor Pizarro (“Memórias históricas do Rio de Janeiro – vol. 3) ressalta das águas dos rios desta freguesia, talvez a primeira explicação seja mais válida: “Cinco rios, Bangu, Taquaral, Juriari, Prata do Cabuçu e Prata do Mendanha, cujas águas cristalinas são preciosíssimas, fertilizam as terras por que passam e, apesar de soberbos, quando engrossam com as enchentes, nenhum permite navegação. Por esta causa as conduções dos efeitos do país são todas por caminhos de terra, ou divididamente por mar, desde os portos de Irajá e de Inhaúma, como acontece com as caixas de açúcar e pipas de aguardente”.
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