Zé Renato & Guinga no Show “Prece à Lua”



Imaginem a voz masculina mais bonita do Brasil. E agora, pensem nela junto ao maior e mais original compositor da música popular brasileira das últimas décadas. Não, não é miragem, muito menos utopia. É a reunião no palco, de Zé Renato, o tal cantor, e Guinga, o compositor. O resultado é o show inédito “Prece à Lua”, que será apresentado no próximo dia 16, sábado, no Teatro Rival Petrobras, em comemorações aos 85 anos da casa na Cinelândia.

Amigos de longa data, admiradores um da obra do outro, Zé Renato e Guinga resolveram transformar as conversas musicais de camarim em espetáculo. Explica-se: há mais de 20 anos, os dois apresentam-se juntos no show “Dobrando a Carioca”, ao lado também de Jards Macalé e Moacyr Luz. Nas viagens, nos bastidores, Guinga e Zé Renato foram intensificando a amizade, a admiração e foram descobrindo suas afinidades musicais.

Ambos descobriram, por exemplo, seu gosto comum por valsas brasileiras. E prepararam um arranjo especialíssimo para a clássica “Prece à lua”, que dá nome a esse show e que foi composta pela dupla Bide e Marçal. E aí, conversa vai conversa vem, violão na mão, Guinga lembra de uma valsa pouco conhecida de Zé Renato em parceria com Herminio Bello de Carvalho, “E o vento levou”. E ambos chegam a uma toada clássica de Guinga, em parceria com Chico Buarque, “Você, você”. E assim o repertório foi se montando.

Haverá um dueto de vozes e violões suas composições clássicas, coisas como “Toada” (de Zé Renato, Claudio Nucci e Juca Filho, maior sucesso do Boca Livre, quarteto vocal que Zé faz parte há 40 anos) e “Catavento e girassol” (de Guinga e Aldir Blanc, sucesso na voz de Leila Pinheiro); “Ânima” (da parceria de Zé com Milton Nascimento) e “Senhorinha” (clássico da parceria de Guinga e Paulo César Pinheiro).

Mas entre músicas de um e de outro, os dois prometem novidades como uma versão de “Moonlight”, bossa nova do grande compositor de trilhas de cinema John Williams para o filme “Sabrina”, que Guinga sempre imaginou na voz de Zé Renato, e que aqui será apresentada em versão inédita feita especialmente por Paulinho Moska. Ou também uma versão do clássico dos Gershwin, “But not for me”, que virou “Não é pra mim” na versão de Aldir Blanc.

Como se vê, além de valsas, ambos gostam de recriar de maneira própria standards da canção americana. Mas também e é claro, não fossem ambos filhos dessa tradição, de standards da canção brasileira. E aí aparecem para o duo tanto uma “Ligia”, de Tom Jobim, como um clássico criado por Jackson do Pandeiro “Como tem Zé na Paraíba” (de Manezinho Araújo e Catulo de Paula).

Composições de Guinga como “Saci” ou “Picotado ” ou de Zé Renato como “Fica melhor assim” e “Papo de passarim”, entre outras, compõem o repertório de um show que é simplesmente isso, o encontro do maior cantor (e que é grande compositor e violonista) com o maior compositor (que é grande cantor e violonista). Música, única e exclusivamente, no mais bonito que ela consegue chegar, nem miragem, nem utopia.

 

Teatro Rival Petrobras – Rua Álvaro Alvim, 33/37 – Centro/Cinelândia – Rio de Janeiro. Data: 16 de março (Sábado)Horário: 19h30. Abertura da casa: 18h. Ingressos: R$ 60,00 (Inteira), R$ 40,00 (Promoção para os 100 primeiros pagantes), R$ 30,00 (meia-entrada). Venda antecipada pela Eventim –  http://bit.ly/TeatroRival_Ingressos2GIaEKp  Bilheteria: Terça a Sexta das 13h às 21h | Sábados e Feriados das 16h às 22h Censura: 18 anos.www.rivalpetrobras.com.brInformações: (21) 2240-9796. Capacidade: 350 pessoas. Metrô/VLT: Estação Cinelândia.

*Meia entrada: Estudante, Idosos, Professores da Rede Pública, Funcionários da Petrobras, Clientes com Cartão Petrobras e Assinantes O Globo.